quinta-feira, 24 de junho de 2010

Os ensinamentos de Lutero - Parte 1

Acredito que o artigo que segue causará imcômodo em algumas pessoas. Principalmente naquelas que não tem a Igreja Católica por mãe. O objetivo é apenas expor claramente alguns dos absurdos que foram pregados pelo pai da reforma protestante, Martinho Lutero. Para a grande maioria, Martinho foi um grande pensador, com doutrina excelente e verdadeira. Pensam que ele foi portador de uma vida baseada nos valores evangélicos. Nessa mesma linha de pensamento, acreditam que este homem foi iluminado por Deus e teve como missão trazer a verdade bíblica para os pobres homens de seu século. Porém é muito difícil para minha humilde razão acreditar que foi a providência de Deus que guiou Martinho Lutero. Principalmente se analisarmos o que ele deixou como herança (a divisão doutrinária entre os protestantes) e seus dizeres e ações.

Seguiremos então a analisar algumas afirmações atribuídas a este “reformador” protestante (não todas as absurdas citações) e farei algumas colocações para tentar demonstrar o quanto distante está o pensamento de Lutero da doutrina católica.

“Querer viver uma vida sem se casar é atentar contra o plano de Deus”1

Na verdade Lutero não conseguiu suportar o celibato, por isso ele disse isso. Mas a Bíblia afirma que tanto o celibato como o matrimônio foram queridos por Deus e Deus chama a cada pessoa a viver da forma que será de acordo com o seu projeto de amor. São Paulo era celibatário e ainda incentivou os solteiros e viúvas a serem celibatários. (Cf. I Coríntios 7,8).
“A obra de Deus em nós é tanto boa quanto má”2

Para o católico a obra de Deus sempre é boa, seja ela no ser humano ou seja esta obra em outra parte da criação. Como a obra de Deus pode ser má se a Bíblia diz: “Mas o Senhor é fiel, e ele há de vos dar forças e vos preservará do mal.”(II Tes 3,3). A Bíblia ainda afirma que Deus não tem acesso ao mal: “Ninguém, quando for tentado, diga: É Deus quem me tenta. Deus é inacessível ao mal e não tenta a ninguém.” (Tiago 1,13)

“Muito embora a Igreja, Agostinho e os outros doutores, Pedro e Apolo e até um anjo do céu ensinem o contrário, minha doutrina é tal que só ela engrandece a graça e a glória de Deus e condena a justiça de todos os homens na sua sabedoria”3

Para mim, Lutero aqui é muito humilde... (rsrs). Não quero ser debochado e nem mesmo provido de algum sentimento filho do sarcasmo, no entanto é perceptível a forma que Lutero se via como sendo um enviado de Deus para salvar a humanidade.
“De quando em quando se deve beber com mais abundância, jogar, divertir-se e mesmo fazer algum pecado em ódio e acinte ao diabo para não lhe darmos azo de perturbar a consciência com ninharias... Quando te disser o diabo: não bebas, responde-lhe: por isso mesmo que me proíbes hei de beber e em nome de Jesus Cristo beberei mais copiosamente...”4

Lutero acreditava que para passar raiva no diabo, tínhamos que pecar. O que será que os pastores e ditos “bispos” das auto-denominadas igrejas evangélicas pensariam disso? Na verdade se olharmos com cuidado para o que Lutero falou, o que ele pregou, o que ele fez encontraremos realmente uma existência confusa, enganosa, cheia de vícios, fraca na oração e de pouca sabedoria. Está certo que Lutero disso coisas boas, no entanto a verdade não pode se misturar com o engano e o erro. O que acontece se misturarmos água limpa com a água suja? Ora, a água limpa se contaminará. É certo afirma ainda que tudo o que de bom Lutero afirmou, foi o que ele conservou da doutrina católica.

Afirmar que Martinho Lutero foi um virtuoso e santo homem é o mesmo que afirmar que duentes existem. Resumindo: é pura ficção

_____________________________

1. Epistola ad Wolfgang Reisemb.
2. Tom. ii., fol. 444
3. Weimar, XL, 1 abt, 132; apud Franca, IRC: 179
4. De Wette, IV, 213, apud Franca, IRC: 187

Nenhum comentário:

Postar um comentário