Dia 09 de outubro tive uma reunião
para o Repic Jovem do ano que vem. A reunião foi na Sede da RCC. Estava
acontecendo à oficina para pregadores lá também. Dentro de mim, senti uma
vontade de permanecer depois da reunião do Repic.
Tenho um amor muito grande pelo
ministério de pregação. Porém não pude permanecer. Não era oportuno e nem
prudente. Não estava planejado a minha participação. Também tinha compromisso a
tarde.
Porém fiquei a refletir sobre a vida
de um pregador. Destas reflexões (será que sou filosofo?) lembrei de uma
pessoa. Me lembrei de João Batista.
Sem dúvida alguma, João Batista foi
um grande pregador. Além de ser parente de Jesus (Jesus e João Batista eram
primos), João Batista levava uma vida que estava em contradição com a sociedade
da época. Ele se vestia com roupas feitas de pêlos de camelo. Comia gafanhotos
e mel silvestre. João não era um cara comum.
Mais do que suas vestimentas e
alimentação, João tinha uma pregação forte. Ele foi o que preparou o caminho
para Jesus. Em Mateus 3,1-2 está escrito:
“Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da
Judéia. Dizia ele: Fazei penitência porque está próximo o Reino dos céus.”
A pregação de João Batista faz com
que eu me depare com minha pregação. Como eu tenho pregado? Sei que o “como”
pregar é importante, porém algo mais importante do que o “como” é o “que” tenho pregado. “Como prego?” e “O
que prego?” são perguntas essenciais para um pregador. João Batista teve uma
pregação que reclama a conversão. Sem apelo a conversão, mudança de vida, não
existe boas pregações e não existe crescimento do Reino.
Humanamente, somos focados na
quantidade. Somos mestres em fazer as perguntas sobre quantidade: “Quantas
pessoas foram no seu grupo de oração?”,
“Quantas pessoas estavam presentes no evento tal?” e etc... Porém, os líderes
da Igreja, e em especial os pregadores, não estão ainda treinados em buscar a
qualidade e não a quantidade. Até quando vamos ficar focados na quantidade e
não na sinceridade e radicalidade das conversões? Embora seja um processo, a sabedoria
dos santos, a Tradição da Igreja e a Palavra de Deus nos dá instrumentos para
medir o quanto estamos convertidos ou não. Para isto serve os Mandamentos da
Lei de Deus. Para isto serve os Mandamentos da Lei da Igreja. Para isto serve as
virtudes teologais e cardeais.
Como um pregador que deseja ser mais
perfeito a cada dia, peço ao Senhor que me dê uma pregação que seja centrada em
Deus, pregando aquilo que Ele deseja. Que a cada dia, cada pregador queira
atingir os corações de seus ouvintes com a sincera, perfeita, agradável e
salutar verdade de Deus.
Que o pregador anuncie a graça de
Deus e a mudança de vida. Que cada pregador possa dizer: “Meu irmão faça penitência
pelos seus pecados. Meu irmão, alegra-te: está próximo o Reino dos céus.”
Glauber
Silveira
Grupo de Oração Divina Misericórdia
Realmente, precisamos ficar mais atentos à qualidade da pregação. Acho que a pregação que ajuda a promover uma única conversão sincera gera mais impacto a longo prazo em uma comunidade do que aquela que atinge uma multidão de pessoas mas tem medo de ser sincera, autêntica e se guia pelo "respeito humano".
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