Bom dia Sentinelas da manhã!
Hoje recebi uma pergunta de um jovem a respeito do livro chamado: "O Evangelho Secreto da Virgem Maria." O jovem me perguntava qual a minha opinião a respeito deste livro, visto que em muitas livrarias católicas ele é encontrado para venda.
Particularmente, eu nunca o li. Tenho ele em minha biblioteca, mas acabei que nunca me interessei pela leitura do mesmo.
Sabendo que esta também é uma questão que abrange muitas pessoas, resolvi postar este texto do Veritatis Splendor (antigo sítio católico de apologética) que faz uma explanação coerente e equilibrada.
Espero que possa ser útil. Abraços,
Glauber Silveira.
É bom dizer antes de tudo que o “Evangelho Secreto da Virgem Maria” não é um texto divinamente inspirado e tampouco aceito como verdadeiro ou canônico. Sua autoria ainda é incerta, além de em muitos trechos existirem equívocos teológicos. Certamente ele é apenas uma composição literária dos primeiros séculos do cristianismo onde o autor tenta mostrar o mundo através dos olhos da Imaculada de maneira bastante ousada. Entretanto, o Evangelho Secreto da Virgem Maria já traz consigo a concepção da intercessão dos justos, mortos para este mundo, mas vivos para Cristo pelos vivos, confirmando assim que há o céu logo após a morte, há também a ideia de que Maria era de fato a graça em plenitude, e que Maria é pra sempre virgem, além da fervorosa narração relacionada a São José, lhe acompanhando nessa virgindade perpétua, temática defendida por vários teólogos modernos, a concepção imaculada de São José.
O escrito peca, entretanto, ao tentar de maneira ousada mostrar como era o olhar da Virgem Santíssima, bem como ao mostrar um Cristo que muitas vezes não sabia de sua divindade, além de cometer erros como não distinguir Maria Madalena de Maria irmã de Lázaro.
É claro que erros como esses já eram esperados, pois se trata de um texto apócrifo, e não de um texto inspirado, mas há um grande grau de elementos comuns entre esse texto e o Catolicismo. É comum observar a verdade mesmo em meio às heresias, e essas verdades nos dão luz, de como era o olhar para Maria entre os primeiros cristãos.
Essa introdução nos ajuda a ver que mesmo pessoas de crença duvidosa nos primeiros séculos do cristianismo já tinham um carinho especial pela Mãe de Deus, título que já aparece também nesse “evangelho” assim como aparece no Evangelho Segundo São Lucas (cf. Lc 1, 43).

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