Não sei
se vocês sabem, porém o Papa Bento XVI decretou o ano da Fé. Este ano terá
início no dia 11 de outubro deste ano. Já nos preparando para este ano da Fé,
coloco palavras de um pronunciamento do Papa a respeito da Sagrada Liturgia.
Neste pronunciamento o Papa deixa claro que em algumas partes do mundo a
liturgia está em
decadência. A comunidade cristão deixou de celebrar os
mistérios universais de salvação para celebrar a si mesma e as divisões
internas da comunidade acabam por diminuir a eficácia de testemunho da Igreja.
Vamos
então estar atentos para contribuir com esta proposta do papa de restaurar a
beleza e a sacralidade da lirurgia. Vamos nos formar doutrinariamente e
liturgicamente. Vamos atuar em obediência para com o Papa para que aconteça uma
nova reforma litúrgica:
“Estou convencido de que a crise na Igreja, pela qual passamos hoje, é
causada em grande parte pela decadência da liturgia, que às vezes
é concebida de uma maneira etsi Deus
non daretur [Como se Deus não existisse], isto é, que nela não importa
mais se Deus existe e se Ele nos fala e nos escuta. Quando, porém, na liturgia
não aparece mais a comunhão da fé, a unidade mundial da Igreja, o mistério de
Cristo vivo, onde, então, ainda aparece Igreja, em sua essência espiritual? Aí
a comunidade ainda celebra somente a si mesma, mas isso não vale a pena. E
já que a comunidade por si só nem existe, e é sempre formada somente pela fé,
sendo criada como unidade pelo Senhor, é inevitável, naquela suposição, que a
Igreja se divida em partidos de todo tipo, e os grupos se oponham uns aos
outros dentro de uma Igreja que se dilacera a si mesma. Por isso precisamos de um novo movimento
litúrgico, que dê vida à verdadeira herança do Concílio Vaticano II.”
Cardeal
Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI, Lembranças da Minha Vida, Paulinas,
São Paulo, 2006)
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