Desejo refletir neste
artigo mais uma vez sobre a questão do aborto. Para os leitores que não estão
acostumados com o blog, registro que todos os integrantes deste blog são
contra o aborto em todas as situações (somos contra o aborto até nos casos
de estupro e de anencefalia).
Li em um blog que
acompanho (Noticias Pró-família) a respeito de casos de gestações ectópicas.
Estas gestações são de risco, pois o bebê se desenvolve fora do útero. Em
alguns casos ele se desenvolve nas trompas ou até mesmo fora das trompas. Para
a medicina moderna (apesar de toda a modernidade) a gestação ectópica é sempre
de risco. Ela traz grandes riscos para o bebê e também para a mãe.
Como existe o risco de
vida da mãe, geralmente a gestação ectópica é motivo de se praticar o aborto.
No entanto, muitas mulheres passaram por uma gestação ectópica e hoje tem seus
lindos filhos, sem nenhuma seqüela. Isto é ação de Deus.
Recentemente o jornal Daily Mail da Inglaterra publicou o caso de Paula Cawte e Paul
Lounds, que residem em Gloucester e que foram informados pelos médicos que o
prosseguimento da gestação de sua filha Eva representaria um risco considerável
para a saúde de Paula, à medida que a menina estava se desenvolvendo
fora do útero de sua mãe. Cawte disse na entrevista
para o Mail:
“Sabíamos que era perigoso. Os
médicos disseram que eu poderia sangrar até a morte se ela rompesse um órgão ou
uma artéria. Mas Paul e eu concordamos que enquanto eu não estivesse em perigo
imediato, continuaríamos até onde fosse possível dando ao bebê uma chance de
lutar”.
Achei
interessante o que disse esta mãe. Suas palavras demonstram realmente o que é
instinto materno (que naturalmente sempre deseja proteger sua “cria”). Ou seja:
ela iria até o final, dando uma chance de seu bebê lutar. Essa mãe esta dizendo
que não se deve parar. Ela está dizendo para o mundo que mesmo que a medicina
não dê esperanças, vale a pena continuar a acreditar. Porém acreditar não livra
cada um de passar por momentos difíceis.
Acreditar tem um preço.
A
reportagem do Mail afirma que “ao dar a luz, Paula quase morreu de sangramento; ela
recebeu quatro litros de sangue quando os cirurgiões realizaram uma operação
cesariana para resgatar Eva, que tinha apenas 30 semanas de gestação.”
Este foi o preço por acreditar num pequeno milagre.
Esta situação reflete a questão da fragilidade humana perante a graça de
Deus. Mesmo que toda a medicina, a natureza nos indique situações difíceis,
nunca podemos desistir de acreditar que existe a atuação da graça de Deus, que
vai além de tudo.
Mesmo em casos de gestação por estupro ou anencefalia, nunca podemos
dizer que de uma situação tão dolorosa Deus não tirará a vitória. Em tudo, Deus
tem um propósito.
Afinal, Deus é bom!
“Porquanto vós sois, Senhor,
clemente e bom, cheio de misericórdia para quantos vos invocam.” Salmo 85,5
Nenhum comentário:
Postar um comentário