quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Gravidez ectópica, aborto e a graça de Deus


Desejo refletir neste artigo mais uma vez sobre a questão do aborto. Para os leitores que não estão acostumados com o blog, registro que todos os integrantes deste blog são contra o aborto em todas as situações (somos contra o aborto até nos casos de estupro e de anencefalia).
Li em um blog que acompanho (Noticias Pró-família) a respeito de casos de gestações ectópicas. Estas gestações são de risco, pois o bebê se desenvolve fora do útero. Em alguns casos ele se desenvolve nas trompas ou até mesmo fora das trompas. Para a medicina moderna (apesar de toda a modernidade) a gestação ectópica é sempre de risco. Ela traz grandes riscos para o bebê e também para a mãe.
Como existe o risco de vida da mãe, geralmente a gestação ectópica é motivo de se praticar o aborto. No entanto, muitas mulheres passaram por uma gestação ectópica e hoje tem seus lindos filhos, sem nenhuma seqüela. Isto é ação de Deus.
Recentemente o jornal Daily Mail  da Inglaterra publicou o caso de Paula Cawte e Paul Lounds, que residem em Gloucester e que foram informados pelos médicos que o prosseguimento da gestação de sua filha Eva representaria um risco considerável para a saúde de Paula, à medida que a menina estava se desenvolvendo fora do útero de sua mãe. Cawte disse na entrevista para o Mail:
“Sabíamos que era perigoso. Os médicos disseram que eu poderia sangrar até a morte se ela rompesse um órgão ou uma artéria. Mas Paul e eu concordamos que enquanto eu não estivesse em perigo imediato, continuaríamos até onde fosse possível dando ao bebê uma chance de lutar”.
Achei interessante o que disse esta mãe. Suas palavras demonstram realmente o que é instinto materno (que naturalmente sempre deseja proteger sua “cria”). Ou seja: ela iria até o final, dando uma chance de seu bebê lutar. Essa mãe esta dizendo que não se deve parar. Ela está dizendo para o mundo que mesmo que a medicina não dê esperanças, vale a pena continuar a acreditar. Porém acreditar não livra  cada um de passar por momentos difíceis. Acreditar tem um preço.
A reportagem do Mail afirma que “ao dar a luz, Paula quase morreu de sangramento; ela recebeu quatro litros de sangue quando os cirurgiões realizaram uma operação cesariana para resgatar Eva, que tinha apenas 30 semanas de gestação.”
 
Este foi o preço por acreditar num pequeno milagre.
Esta situação reflete a questão da fragilidade humana perante a graça de Deus. Mesmo que toda a medicina, a natureza nos indique situações difíceis, nunca podemos desistir de acreditar que existe a atuação da graça de Deus, que vai além de tudo.
Mesmo em casos de gestação por estupro ou anencefalia, nunca podemos dizer que de uma situação tão dolorosa Deus não tirará a vitória. Em tudo, Deus tem um propósito.
Afinal, Deus é bom!

“Porquanto vós sois, Senhor, clemente e bom, cheio de misericórdia para quantos vos invocam.” Salmo 85,5

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