Muitos acreditam que na Liturgia pode-se usar tudo. Na verdade não podem. A liturgia é o culto oficial da Igreja Católica a Deus Todo Poderoso. E nesse culto pode ser usado apenas aquilo que é adequado. Ora, eu não posso usar aquilo que ofende o poder, a glória e a santidade de Deus e nem tampouco diminuir nenhum desses atributos. Escolher atitudes, palavras, ações inadequadas pode transmitir uma idéia ou doutrina errada para os fieis. Fazer inculturação de elementos estranhos ao patrimônio cristão também pode ser como que sinal de enfraquecimento da fé.
No dia 15 de abril de 2010, o Papa Bento XVI advertiu os bispos brasileiros do norte do Brasil (Pará e Amapá) sobre a preocupação que temos que ter com a Liturgia e principalmente com a Santa Missa. Veja os principais momentos do discurso de Bento XVI aos bispos:
“devemos retirar tudo o que possa ofuscar o ponto mais original da fé católica: hoje Jesus Cristo continua vivo e realmente presente na hóstia e no cálice consagrados”
“uma menor atenção que por vezes é prestada ao culto do Santíssimo Sacramento é indício e causa de escurecimento do sentido cristão do mistério. Isso sucede quando na Santa Missa já não aparece como proeminente e operante Jesus, mas uma comunidade atarefada com muitas coisas em vez de estar recolhida e deixar-se atrair para o Único necessário: o seu Senhor”.
“Ora, a atitude primária e essencial do fiel cristão que participa na celebração litúrgica não é fazer, mas escutar, abrir-se, receber… É óbvio que, neste caso, receber não significa ficar passivo ou desinteressar-se do que lá acontece, mas cooperar”,
“Como estão distantes de tudo isto quantos, em nome da inculturação, decaem no sincretismo introduzindo ritos tomados de outras religiões ou particularismos culturais na celebração da Santa Missa”,
“o mistério eucarístico é um dom demasiado grande para suportar ambigüidades e reduções, particularmente quando, despojado do seu valor sacrifical, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesa”.
“o culto não pode nascer da nossa fantasia; seria um grito na escuridão ou uma simples auto-afirmação. A verdadeira liturgia supõe que Deus responda e nos mostre como podemos adorá-Lo”.
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