"Saiu então Pedro, e aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro. Ora, eles corriam ambos juntos, mas aquele outro discípulo correu mais do que Pedro, e levando-lhe a dianteira, chegou primeiro ao sepulcro. E tendo-se abaixado, viu os lençóis postos no chão, mas todavia não entrou. Chegou pois Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu postos no chão os lençóis, e o lenço, que estivera sobre a cabeça de Jesus, o qual não estava com os lençóis, mas estava dobrado num lugar à parte. Então pois entrou também aquele discípulo, que havia chegado primeiro ao sepulcro: e viu, e creu”.
Jo, 20,3-8
Será que o sudário é verdadeiro ou falso? O que a ciência fala a respeito?
Será que os católicos são uns loucos ao darem fé neste tecido?
Ora, o que poucos sabem é que a ciência vai e volta sobre este assunto. Às vezes ela afirma que o tecido é falso e em outras horas a ciência afirma categoricamente que o Santo Sudário está cheio de mistérios e milagres. O que podemos saber é que o Sudário é uma fonte de esperança e de fé para muitas pessoas. Particularmente, eu acredito no Sudário, porque a ciência é muito “infantil” e cheia de “parcialidade”. Poucos são os cientistas que são capazes de serem autênticos e afirmarem que o Santo Sudário é verdadeiro.
O santo Sudário é um lençol de linho de 4,36 x 1,10 metros, ou 8 x 2 cúbitos sírios, que eram as medidas de lençóis para se envolver cadáveres em Israel antigo e ainda empregado em rituais judaicos.
Na imagem do Santo Sudário podemos ver:
• 3 mexas de cabelo na testa
• um dos supercílios mais alto que o outro
• um “V” acima do nariz
• barba bipartida
• cabelo longe da face
• face inchada
• uma risca transversal na testa
• uma sobrancelha direita erguida
• narina esquerda inflamada
• uma linha saliente entre o nariz e o lábio superior
• uma linha grossa sob o lábio inferior
• uma linha transversal na garganta
Conclusões que a ciência chegou:
1. A textura do linho era de um tipo comum no Oriente Médio no primeiro século da nossa era.
2. Encontrou-se pólen de plantas que somente se encontram no Mar Morto. Ao todo foi identificado 58 (cinqüenta e oito) espécies de pólen no Sudário: sendo 17 da França e Itália, 38 da Palestina, muitas delas de Jerusalém e arredores, das quais 13 são halófilos exclusivos do Negueb e da região do Mar Morto, 2 exclusivas de Urfa (Edessa) e 1 exclusiva de Istambul (Constantinopla).
3. Ao se analisar a figura tridimensional do Sudário, se notou um inchaço circular nas regiões oculares. Observando-se melhor, percebeu-se que eram duas moedas, uma em cada olho. Era um costume judaico do século I se enterrar com moedas sobre os olhos. As moedas são: dileptus lituus, que tem impressa a figura de um cajado curvado na parte superior, que Pilatos mandou cunhar no ano 29 dC e simpulum, do mesmo ano que anterior. Essa moeda se encontra no olho direito, mais propriamente sobre a pálpebra, e se vê claramente as letras Y CAI, do grego TIBEPIOY KAICAROC, Tibério César, que nas moedas também se encontra escrito com C ou X no lugar do K.
4. Próprio envolvimento no lençol: a impressão da figura está em negativo com efeitos tridimensionais como já dissemos. As manchas de sangue estão obviamente em positivo, e nas dobras as mesmas alargam-se e duplicam-se, devido ao fato do lençol ter sido “aconchegado” ao corpo e amarrado. No entanto a figura está em projeção ortogonal ao corpo, sem a projeção referente a parte lateral do corpo. O que dá a impressão de que o Sudário foi “iluminado por dentro
5. Os ferimentos da cabeça: os ferimentos apontam para um capacete de espinhos, muito mais doloridos do que as coroas de espinhos que as pinturas piedosas nos mostram. Aparentemente os espinhos penetraram no couro cabeludo em aproximadamente 50 pontos.
Dessas provas materiais, fica impossível do Santo Sudário ser um falsificação. Qual seria a probabilidade de um falsário medieval que, inspirando-se no texto dos evangelhos, teria torturado e crucificado um judeu contemporâneo seu, com métodos e características totalmente estranhas à sua cultura, com o objetivo bem claro de construir um falso lençol fúnebre de Nosso Senhor, e deixando propositadamente sobre o tecido marcas invisíveis a olho nu, polens e outros vestígios, observáveis apenas com instrumentação do século XXI?
Quer o mundo queira acreditar ou não, o Santo Sudário não tem como ser falso.
Este artigo é um resumo do material disponível em:
Gozzani, Sidney - "O Santo Sudário"
MONTFORT Associação Cultural
Online, 12/04/2010 às 10:10h
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